A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) lançou a identidade visual de seu mais recente projeto: "Sementes do Cerrado: caminhos para o fortalecimento da cadeia da restauração ecológica inclusiva nos corredores de biodiversidade". Esta iniciativa visa restaurar 200 hectares em corredores ecológicos que conectam áreas-chave no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, como Veadeiros-Pouso Alto-Kalunga, RIDE DF–Paranaíba–Abaeté, Sertão Veredas–Peruaçu e Serra do Espinhaço.
O processo de criação, conduzido pela designer Luana Santa Brígida, durou cerca de dois meses e envolveu uma construção colaborativa. "Buscamos integrar símbolos e cores que refletem a identidade da Rede. Mantivemos o terracota, já característico da RSC, e incorporamos tons de vermelho, amarelo, marrom e bege, representando a riqueza do Cerrado", explica a designer.
O logotipo apresenta um círculo conectando duas áreas fragmentadas por um corredor ecológico, simbolizando a restauração em escala global impulsionada por ações locais. Luana Santa Brígida contou que figuras humanas também são destaque: um homem de chapéu e uma mulher com lenço simbolizam os coletores e coletoras das comunidades locais, reforçando a diversidade de gênero e o caráter comunitário das ações de restauração. "Essas representações destacam o papel vital das comunidades quilombolas, indígenas, geraizeiras e agricultores familiares na restauração do Cerrado", acrescenta.
Através da identidade visual do projeto a RSC demonstra seu compromisso com a restauração inclusiva, onde restauração ecológica e cultura caminham lado a lado, promovendo um futuro cada vez melhor para o Cerrado e os que nele vivem.
Sobre o projeto
Financiado pelo Edital Corredores da Biodiversidade da Iniciativa Floresta Viva, o projeto vai muito além da recuperação ambiental. A proposta busca promover a inclusão social, valorizar o conhecimento tradicional, fortalecer a economia local e reconhecer o protagonismo das comunidades na conservação do bioma. “Ao longo de 48 meses, a RSC vai conduzir essas ações de restauração ecológica com foco na mobilização comunitária e na geração de renda por meio da cadeia de sementes nativas que são pilares fundamentais para uma restauração verdadeiramente inclusiva e transformadora”, destaca Natanna Horstmann, vice-presidente da RSC e coordenadora-geral do projeto Sementes do Cerrado.
O projeto é financiado pelo Edital Corredores da Biodiversidade da Iniciativa Floresta Viva, promovida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa tem como objetivo apoiar projetos de restauração ecológica em diferentes biomas brasileiros, contando com o apoio da Petrobras e do FUNBIO como parceiro gestor.
Texto: Thaís Souza
Edição: Maria Antônia Perdigão
Publicado em 15/04/2025